A polêmica que se instalou a partir do dia 25 de janeiro, data que em São Paulo os supermercados deixaram de fornecer gratuitamente sacolas plásticas a base de petróleo para seus consumidores, está cumprindo um papel educador relevante.
As pessoas, motivadas por esta mudança compulsória de hábito, estão desenvolvendo um olhar mais critico e sistêmico em relação as questões socio-ambientais. Começam a entender as interconexões do ambiental com o econômico, até porque estão sentindo no próprio bolso o preço da sacolinha reutilizável. Certamente, alguns descobriram pela primeira vez que tudo tem um preço; e que o meio ambiente faz parte desta conta também.
A sociedade começa a discutir quem deve pagar esta conta e se depara com divergentes pontos de vistas entre setores da economia impactados por esta mudança e que se preparam para as adequações da PNRS - Politica Nacional de Resíduos Sólidos que após 21 anos de discussão do congresso finalmente foi aprovada em 2010.
Alguns supermercados enxergaram uma oportunidade para
conquistar novos clientes e passaram a dar gratuitamente sacolas reutilizáveis
para seus consumidores, enquanto outros cobram. O Procon se manifesta, a indústria do Plástico
e a Associação Paulista dos Supermercados divergem totalmente em relação a
questão, e o consumidor nunca recebeu tanta informação sobre sacolinhas, meio
ambiente e interesses econômicos setoriais.
Mas o mais importante de tudo é que, enquanto discutimos a
crise das sacolinhas, aprendemos que temos que mudar e respeitar o meio
ambiente, e que esta conta pertence a todos. Isto é também construir uma nova
cultura de sustentabilidade baseado em escolhas mais inteligentes e
responsáveis.
Independente da motivação,
uma nova cultura de sustentabilidade está sendo construída a partir da
polêmica das sacolinhas. Viva!
Sobre as Sacolinhas plásticas nos supermercados Desde 25/01/20120, os supermercados de São Paulo deixaram de fornecer gratuitamente sacolas plásticas à base de petróleo. Os usuários poderão recorrer às tradicionais sacolas de pano ou comprar sacolas reutilizáveis a partir de R$ 1,99. Outra opção, as sacolas de plástico biodegradável, estarão à disposição dos consumidores por R$ 0,19 (valor fixado em acordo). Ou ainda, o consumidor poderá levar uma sacola de tecido retornável ou carrinho ou ainda utilizar caixas de papelão vazias do próprio supermercado.
Por sacola reutilizável, entende-se que são "aquelas
que sejam confeccionadas com material resistente e que suportem o acondicionamento
e transporte de produtos e mercadorias em geral".
Em maio do ano passado, o prefeito de São Paulo Gilberto
Kassab (PSD) sancionou a lei municipal que previa o banimento dos itens nos
supermercados a partir de 1º de janeiro de 2012. Porém, a lei foi suspensa por
meio de liminar pedida pelo Sindicato da Industria de Material Plástico. A
prefeitura recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve a liminar.
Houve novo recurso, desta vez ao Supremo Tribunal Federal, que ainda não foi
julgado. Fonte: www.terra.com.br(*) Marilena Lino de Almeida Lavorato é especialista em Gestão da Sustentabilidade, Organizadora do Programa Benchmarking Brasiol, Diretora da Mais Projetos e Presidente do Comitê de Sustentabilidade do Instituto MAIS
PS: HOJE É 6ª FEIRA: Toda 6ª feira no Blog do I+, vamos falar de um tema que tenha sido bastante debatido nas mídias sociais durante a semana. Hoje o assunto é a polêmica das sacolinha plásticas.
Concordo que esta campanha serviu para acordar muita gente, temos de agradecer a APAS e a SMA por este grande "acordo de cavalheiros" onde eles posavam de ambientalistas e os consumidores pagavam a conta, mas não durou 10 dias e acabaram com esta palhaçada... agora tem mais 60 dias para provarmos que as alternativas que eles estão querendo impingir a força, são piores ambientalmente que as sacolinhas, ai acaba a farsa de vez.
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