*Por Fernando Novais
Em meio à crise
de abastecimento no sistema hídrico da cidade de São Paulo, o Instituto Mais, em parceria com a Mais Projetos, promoveu o segundo
encontro técnico realizado na ultima 5a feira, 27 de fevereiro, sobre assunto que mais está em pauta tanto na esfera
pública quanto na privada: as melhores práticas para se economizar e utilizar
de maneira sustentável a matriz energética e cuidar para que as emissões
produzidas não denigram a atmosfera de nosso planeta.


Natalini
destacou a importância dos encontros promovidos pelo Instituto Mais para a
difusão de uma cultura de desenvolvimento sustentável na sociedade:
“O evento tem a
importância de implantar a sustentabilidade num setor importantíssimo da nossa
vida, que é o setor produtivo. E isso estimula as pessoas físicas e jurídicas,
e até mesmo os jovens universitários, a tomarem iniciativas sustentáveis das
mais variadas. Porque a verdade é a seguinte: ou a gente muda de conduta,
entende que é preciso construir um novo modelo econômico onde a
sustentabilidade esteja incluída, ou nós estamos fadados à extinção pelas
nossas próprias mãos.”
Pesquisador Sênior do Grupo de Prevenção à Poluição (GP2) da POLI-USP, utilizando a metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida, o professor Laércio Kutianski fez um alerta com relação ao aumento da demanda de energia nos próximos anos. O aumento do custo de energia, o aumento da população e, consequentemente, o aumento do consumo serão os maiores problemas que o governo brasileiro deverá administrar pelos próximos anos.
Diante deste
cenário, a tendência é de que os insumos renováveis, como o milho, por exemplo,
sejam cada vez mais explorados, sobretudo pelas indústrias, como é o caso da
Braskem, que já utiliza dentro de sua cadeia produtiva matérias-primas provenientes
de fontes renováveis:
“Entre 2009 e
2012, a Braskem investiu R$ 100 milhões em biopolímeros, que são produtos que
utilizam matéria-prima de fonte renovável. Além disso, o crescimento da
cana-de-açúcar acaba capturando o CO2, ajudando a desconcentrá-lo na atmosfera.
Nós também cultivamos o plantio de polietileno verde. Para cada tonelada de CO2
emitida na atmosfera, ela é responsável pela contenção de 2,5 toneladas”,
explicou o coordenador da área de Gestão de Desenvolvimento Sustentável, Mario
Pino.

“É importante
que a gente entenda, como organização, quais são as oportunidades e ameaças
vindas das mudanças climáticas. O planeta precisa de resultados numa escala
diferenciada. O tema de mudanças climáticas, hoje, nos ajuda a proteger e gerar
valor, tanto de resultados tangíveis quanto de intangíveis. Então nós temos
antecipado as nossas ações quanto ao atendimento à legislação”, ponderou Mario.
Inaugurado em
maio de 2008, os 84 mil m² do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
foi construído com o intuito de proporcionar o melhor atendimento na área da
saúde aos seus pacientes, alinhado a uma filosofia socioambiental implantada
não apenas através da funcionalidade do edifício, mas também difundida junto
aos demais colaboradores.
Desde 2011, o
ICESP vem acumulando prêmios e reconhecimentos pelos projetos desenvolvidos,
tendo sido aclamado pelo selo Benchmarking Brasil por dois anos consecutivos,
em 2013 e 2014.
De acordo com a
presidente do Comitê de Sustentabilidade, Rosemeire da Silva Pereira, uma das
conquistas do instituto no ano passado foi a consolidação do relatório com base
nas diretrizes e indicadores desenvolvidas pela GRI (Global Reporting Initiative), uma organização sem fins lucrativos
que busca disseminar esse padrão para a elaboração de relatórios de
sustentabilidade, o que acabou servindo como base para ações futuras.
O case “Economia
Dez, Desperdício Zero” foi trabalhado em diversas frentes, mas tendo como foco,
principalmente, a economia de água e energia elétrica, antecipando suas ações
desde 2009, apenas um ano após a inauguração do instituto, já precavido com o
período de estiagem que a cidade de São Paulo iria começar a enfrentar a partir
de 2012, gerando uma grande economia em seus gastos mensais.
Outras ações
pontuais também foram adotadas, como a instalação de um bicicletário para o uso
dos colaboradores e o uso racional tanto do gás natural quanto do medicinal, o
que também impactou positivamente no balanço das contas do instituto. Como Rosemeire
bem definiu em sua apresentação, o ICESP trabalha não apenas com o intuito de atender
as pessoas da porta pra dentro, mas sim avaliando suas ações perante a
comunidade como um todo.
O Programa
Benchmarking Brasil está com as inscrições abertas para empresas e gestores com
as melhores práticas de sustentabilidade para concorrer ao XIII Ranking
Benchmarking. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de março através do
site: http://benchmarkingbrasil.com.br/
Os cases
selecionados serão certificados como “Cases Benchmarking”, e farão parte do
maior Banco Digital de Boas Práticas Socioambientais com livre acesso do país,
e poderão também fazer parte da grade dos encontros técnicos de 2015. No dia 02
de julho, será conhecido o ranking das melhores práticas socioambientais do
país, além do lançamento oficial do livro BenchMais 3.
No dia 26 de
março (26/03), será realizado o terceiro encontro técnico, que terá como
enfoque “Recursos Hídricos e Gestão das Águas”, com a presença do professor da
USP, Augusto José Pereira Filho, e a
apresentação dos cases “Movimento Cyan – Projeto Bacias”, da Ambev, pela
gerente de Relações Socioambientais, Simone
Veltri, e “Programa Peixe Vivo”, da CEMIG, pela gerente de Estudos e Manejo
da Ictiofauna e Programas Especiais da Companhia Energética de Minas Gerais
(CEMIG), Raquel Coelho Loures Fontes.
Os encontros
técnicos recebem o apoio do curso de Relações Públicas da Escola de Comunicação
da Universidade Anhembi Morumbi, que gentilmente cede o espaço para a
realização do evento. Também conta com a participação dos voluntários I+. Caso
queira prestigiar os nossos eventos, a entrada é gratuita, contudo, é preciso
fazer a inscrição através do link: http://www.institutomais.com.br/forms/cadastro_eventos.php
Conheça a
programação completa com os palestrantes confirmados no site do Instituto Mais:
http://www.institutomais.com.br/sem-categoria/fibops-tecnica-2015/
(*) Fernando Novais é jornalista e voluntário I+
(*) Fernando Novais é jornalista e voluntário I+
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