terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O desafio da gestão adequada de resíduos

Kátia Corrêa é integrante da EcoMais, empresa responsável pelo gerenciamento dos resíduos gerados na última FIBoPS e é formada em Marketing pela Faculdade Fundetec em SP. Ela agora integra o corpo técnico das atividades do Instituto Mais e nos explica, a partir de sua experiência, o difícil panorama da gestão do "lixo" na cidade de São Paulo.

Qual é o maior desafio na hora de fazer a recolhida dos resíduos de um evento?

A falta de verbas e subsídios, há custos com caçambas, caminhão e mão de obra.

Quando estabelecem parceria com algum evento, é uma prerrogativa da empresa que o lixo seja dividido já pelos freqüentadores do evento, ou isso é opcional?

Na verdade o coletor reciclado colorido é uma forma de conscientizar os visitantes, os expositores e profissionais envolvidos no evento, como não é um hábito a utilização dos coletores as pessoas acabam misturando os resíduos.

Qual equipamento ou utensílio é utilizado para facilitar a retirada e o transporte desses resíduos?

A mão de obra é importantíssima, mantemos as normas trabalhistas, a forma logística como quantidade dos profissionais envolvidos, caçambas, caminhões e bags é de acordo com o porte do evento.

Qual é a relação que vocês estabelecem com os aterros sanitários?

Os responsáveis pelo contato com os aterros sanitários são as empresas que realizam a coleta dos resíduos orgânicos.

Em que situação se encontram os aterros controlados de São Paulo? É possível visitá-los?

Não tenho dados precisos, mas por acompanhar reportagens e ler a respeito do tema os aterros sanitários de São Paulo encontram-se sobrecarregados, isso prejudica demais o meio ambiente e o homem, a forma desenfreada do manuseio dos lixos orgânicos com os resíduos reciclados é surpreendente.

O que você entende sobre o sistema de recolhida municipal de lixo de São Paulo? A coleta seletiva em São Paulo é expressiva?

A coleta em SP é mínima, existe o sistema de coleta seletiva nos bairros com datas e hora especifica, mas não é divulgada, o volume de lixo que gera em SP é muito grande.



O público de São Paulo é conscientizado sobre a separação de resíduos de uma maneira geral?

Conscientizados não são, mas tem conhecimento sobre o tema, muito se fala na mídia sobre Sustentabilidade, Economia Verde, Marketing Verde e etc, a forma que é abordada a população não se interesse e isso é perceptível basta olharmos os lixos jogados nas ruas de SP. Aposto na Educação Ambiental como disciplina obrigatória nas escolas.

Você crê que a implementação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), aprovado em 2010, irá trazer maiores avanços para qual etapa da gestão dos resíduos?

Acredito na implementação corretiva e preventiva, infelizmente só funciona como forma punitiva quando mexe no orçamento das pessoas físicas e jurídicas, gostaria de elucidar que não estou incentivando os órgãos competentes a criar mais uma taxa/imposto. Se de fato questionarmos sobre PNRS não teremos nenhuma resposta concreta. Infelizmente só nos resta esperar.

Você crê que há uma supervalorização dos galões de recolhida seletiva em detrimento de campanhas para a diminuição do consumo?

Banalização sim, em 2009 foi o ano da Sustentabilidade, nunca se falou tanto em aquecimento global, sustentabilidade, acordo em Copenhague, que inclusive foi considerado o movimento furado, muito se fala pouco se faz, a melhoria depende de nós, os custos com divulgação são grandes, se iniciamos plano de Educação Ambiental e realmente mostrarmos o que pode ser feito com os resíduos reciclados, acredito no retorno positivo e de uma campanha eficaz/eficiente.





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